"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

O Mundo no Engenho... e o ENGENHO do Mundo

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A Sentença


Nossa travessia.
Caminhos paralelos,
Acessos abertos:
O desafio vence desertos
E faz do meu suor rica poesia.

Seu sopro morno me anima...
Aninha longe do medo,
Acolhe do degredo
Que me impôs a cidade -
Só por você - a imortalidade.

Pois que se me desencontro de mim,
Retardo o fim
Pelos ecos incessantes do seu sorriso...
Compreendo todo o seu feitiço:
Amo a inocência.

E esqueço dos Poderes de Cristal,
Da arrogância, etc e tal,
Que salgam a minha história
E não deixam que germine minha existência...
Impõem o ostracismo como Sentença.

...contudo, o que me importa essa ausência
Se minha presença pulsa livre entre os espíritos
Onde  a força não silencia?

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O menino do Pijama Listrado


Quantas vezes, ao ler um livro, já nos deparamos com diálogos ou descrições enfadonhos e intermináveis que pouco ou nada acrescentam à trama? É quando bate aquela vontade irresistível de pularmos as páginas e, até os capítulos - que parecem não levar à lugar algum. Ainda pior, deixar o livro de lado esperando o momento mais "oportuno" para lê-lo. Isto ocorre quando certos "acréscimos" parecem prejudicar a obra desviando o foco central, tornando-a confusa ou sem sentido. Temos em mente que muitos de nós, em algum momento, se viu nessa situação, mesmo que depois tenha adorado o desfecho final. 

Contudo, este NÃO é o caso do livro "O menino do Pijama Listrado". 

Incrivelmente sintética, sem rebuscamentos exagerados, a obra exige do leitor um certo grau de conhecimento histórico para que, a partir deste, a imaginação se encarregue de construir a história e o perfil mental do pequeno Bruno - o explorador -, e de seu grande amigo do outro lado da cerca.  Muito mais do que isso, os recursos usados pelo autor estão dentro do leitor, diretamente relacionados a cada histórico de vida e à própria formação do indivíduo.  O que torna o recurso descomplicado da linguagem -  tão complexo -, são as sutilezas  intrínsecas à narrativa. É, assim, uma obra de "reticências"...
Personagens psicologicamente conflitantes entre si(1), conduzem e são conduzidos a um desfecho que se esperado por alguns, não deixa de causar impacto e nos fazer refletir a respeito do poder construtor (amizade / amor) ou destruidor das crenças humanas (as convenções e os seus fundamentalismos). 
Deste modo, será sempre uma leitura que despertará sentimentos diversos ( Tal como Ilha do Medo e a Bússola de Ouro), e que cujo entendimento (ou não) passará pelo "conteúdo" pré-existente dentro de cada um de nós. As duas crianças resumem toda condição humana que, imposta, enraizada e se manifestando de formas diferentes nas culturas, reconta a eterna marca de nossa animalidade - a contínua luta por território e poder, justificados pela ultrapassada ideia de sobrevivência, submetendo à força, exterminando por meio das armas, da fome, da sede, por meio das palavras que segregam, erguem barreiras, num ciclo interminável de vinganças, onde o perseguido de ontem, torna-se o perseguidor de hoje. Os meninos - como símbolos de uma coisa muito simples - da vida  humana -, sucumbem, tal como tantos outros sucumbem silenciosos, todos os dias, nos campos "abertos" e quase invisíveis do globo...



Notas
(1) Como em qualquer sociedade em mutação e cujo pêndulo social pode se voltar para o lado obscuro dos oportunistas, o que vemos são pessoas corajosas que  enfrentam e "desaparecem" ( Fogem? Morrem? Possibilidades...), as que se mantêm coniventes -  como a mãe do menino - ,que mesmo discordando opta por não se opor; outras que querem os louros diante da oportunidade de saírem da "mediocridade"( pois a concorrência estava, mesmo, sendo liquidada pela força e não pelo talento...)  e se tornarem, dentro de seus padrões, "importantes". Lembrando o extermínio com fundamento em teorias como a do Darwinismo Social, a do Espaço Vital, as Lombrosianas... um amálgama bem (re)elaborado para  convencer que o errado estava certo. O que se buscou mostrar foi que o curso da vida segue a vida, enquanto o curso dos homens opta por caminhos tortuosos para TODOS, inclusive para os "vencedores" do momento. As crianças souberam, enfim, administrar melhor seus sentimentos, suas crenças, superaram as diferenças, fizeram o que a  humanidade deveria fazer. E, como símbolos do que poderia ser o futuro, morreram: tornaram-se sim, símbolos de um grande fracasso... do NOSSO FRACASSO.

Este texto é uma interpretação pessoal. Uma das infinitas "reticências" .

terça-feira, 21 de junho de 2011

Ubuntu - este Pinguim não vai para a geladeira (Parte II)

Eu amo o Ubuntu - Fênix - 2011

Básicos acerca do Gimp – editor de imagens.

a) Imagem a partir do escâner:


Instalar o Xsane = Sistema = Administração =Gerenciador de Pacotes Synaptic = procurar =Xsane.

Configurar impressora, caso necessite (faz automaticamente, sempre que reconhece o periférico).

Depois, Aplicativos=gráficos=Xsane (configurar “tipo” de PNM para JPEG - formato menos pesado e aceito com facilidade na Internet, caso precise publicar); na Janela= Mostrar prévia;

*escanear o desenho= capturar prévia=seleção do que será salvo=(na outra janela clicar Digitalizar).


O Gimp: no Synaptic. Depois de instalado abrir a imagem e trabalhar como desejar.





b) Imagem a partir da foto:

Instalar Digikam, também pelo Synaptic.

No Digikam, configurar o tipo de máquina, caso necessite (faz automático, na maioria das vezes) 

*Importar fotos (todas ou a que quiser).

 
O Gimp: no Synaptic ( igual aos processos anteriores ). Depois de instalado abrir a imagem e trabalhar como desejar.


Como trabalhar vou deixar para cada um descobrir por si... alguma coisa tem que ter o gostinho da descoberta! Ensinamos a pescar: pesquem! E de graça...




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Pedimos desculpas aos colegas blogueiros pelos problemas enfrentados pelo Engenho: embora tenhamos nos empenhado para ter um equipamento adequado, não recebemos uma resposta adequada às nossas necessidades técnicas.  Muitos já sabem o quanto a prestação de serviços no Brasil é difícil, nem sempre temos sorte, principalmente, quando não conhecemos a matéria em questão (informática). Assim, vamos ter que mudar de estratégia e buscar outros prestadores de serviço. Enquanto isso, pedimos que tenham paciência conosco, pois não podemos visitá-los no momento. No momento...
Ficamos gratos a todos. Até breve.

sábado, 18 de junho de 2011

Imagens do Engenho II

 Retrato - Fênix - s/d- Edição Gimp

 Texturas, cores e sabores...
sem palavras.

 Tatoo - Fênix - s/d - Edição Gimp

Texturas - Fênix - 2010 ( foto - Gimp)

O Fogo - Fênix - 2011 ( foto / desenho - Gimp )

 Patinhas - Fênix - 2009 ( foto / Gimp)

 Vitral - Fênix - s/d (foto / Gimp)

Fruta da Casa - Fênix - 2010 ( foto / Gimp )
Girassol - Fênix - 2011 ( Foto / Gimp )

Bolo de Cenoura... Fênix - 2011 (hummm... foto/Gimp)

Bolinhos de bacalhau... Fênix- 2011 ( que maldade! - Foto /Gimp)







domingo, 12 de junho de 2011

Tanto choro num Choro...

Coração de Pedra - montagem/Gimp - Fênix, 2011.

( letra / melodia /)
Solidão - nuvem negra
Que estanca e torna o Céu finito.
Sem ação, morre na garganta o grito
Faz o coração de pedra
Adoece os sentidos...

Solidão - chaga cruel que se espalha
O corte do fio da navalha
A marca que condena os vivos
Solidão - o choro num Choro revivo:
Ah...Adoece os sentidos...

(repete segunda parte Instrumental)

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...Mas, a "solidão" também cria coisas bonitas como os poemas e as canções...



E cá entre nós: que vinil divino!!!  
Precisamos relembrar isso...Nazareth...


Eu vou com o meu Chorinho simples, porém, de coração "alado"...




Agradecimentos:

A imagem supra foi montada a partir da base retirada do site:

http://cve.acordem.com/menu/1/13122/cat-strofe-e-n-o-processos-lentos/

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Rupestre

 "Você que se dissolve em mim". F.C. - 2011

Vou pedir-lhe um beijo

Daquele... com hálito de hortelã.

Um afago que desliza...

A pele lisa... Alisa!

Dizem que os homens-caçadores,

Nos engatinhares da humanidade,

Aprisionavam a alma de suas presas

À pintura primitiva das cavernas...

Acendo as velas.

Quero aprisionar-lhe à anilina:

Colorir com mil tintas

A perfeição da sua imagem.

Teria eu tanta coragem?

Profanar o seu sagrado

É o pior dos meus pecados...

Um delírio... o medo do devir?

Você há de convir –

Nada é eterno...

Que seja enquanto dure,

Paraíso - mais do que inferno.

Vou pedir-lhe um abraço

Que não descole ou, seja miscível n'agua!

Não quero a vida fluindo desbotada...

Julgo o princípio, o meio, o fim...

Hei de lhe diluir só para tatuar em mim!









Aos namorados um carinho especial para todos os dias: sempre especiais...

Significado da Orquídea

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O medo invisível

 Blablabla...("Voz" para quê ?)- F.C, 2011.

Germina no ventre dessa Era
A maior de todas as misérias...
E na inconstância de cada Ser,
Morrem os ideais futuros,
Amizades se atam sob juros
E desatam, quando nada mais a ver.
Na fraqueza que dissolve a Vontade,
Beber o Mundo - antes que acabe - 
É deixar de sorver sua essência,
É clichê, por excelência,
Bem aceito, forte e vivo.
É praga que se espalha,
Contamina e definha ao decorrer da batalha
Aquele que se presta à luta,
Sem limites, pelas coisas justas...
É prêmio que se paga
Aquele que toma o mundo como uma teta:
É a mais cruel das facetas
Da(s) doença(s) de Narciso...

E, assisto sem graça - o escárnio e o riso.
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