"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

O Mundo no Engenho... e o ENGENHO do Mundo

quarta-feira, 26 de maio de 2010

A Cidade e as Águas sob o olhar de um poeta: Mário de Andrade, 1893 a1945 (Primeira Parte).


Rua 25 de março, 1898 - Rio Tamanduateí - Várzea do Carmo São Paulo - Capital - Brasil.
Reprodução doada em 2004 e melhorada (GIMP): desconheço a fonte.

Pretendemos identificar nas obras “Paulicéia Desvairada” e “Lira Paulistana” as percepções mariodeandradianas a respeito da cidade e de todos os seus elementos constitutivos que, aceleradamente mutantes retratam com clareza não só o estado emocional/psíquico do autor, como principalmente, as múltiplas expressões materiais da cidade que serão construídas histórico e geograficamente, num processo que retrata duas fases marcantes em sua autobiografia: antes e depois da Revolução de 30(1).
Abordaremos um dos signos mais fundamentais de suas obras – os rios -, retratados nos poemas “Tietê”, “Anhangabaú” e “A Meditação sobre o Tietê”, cujas entrelinhas nos revelam em primeiro plano uma mudança radical de humor no autor perante o turbilhão de acontecimentos vivenciados pela cidade e pelo Brasil, inserido no contexto mundo. O primeiro período, até 30, é marcado pela “esperança”, depois, pela franca “desilusão” diante das evidencias que vislumbra as vésperas de sua morte, em fevereiro de 1945: “ a impossibilidade da literatura, sozinha, resolver os problemas de uma realidade tão dura que não pode ser mudada de forma simbólica(...)” (2). Todavia, em ambos os momentos, o tom crítico e extremamente lúcido norteou seu raciocínio, tornando sua obra artística a expressão e a marca de um verdadeiro “visionário”. A partir dela, compreendemos, hoje, o sentido dado às águas pelas gerações seguintes.


               Capa da Edição de:"Uma  'autobiografia' de Mário de Andrade - Centro Cultural São Paulo - 10 de agosto a 02 de outubro de 1992"
 
Mário Raul Moraes de Andrade nasceu em 1893 e faleceu em 1945 - de enfarte do miocárdio -, em sua residência na Barra Funda.
Suas obras, em âmbito geral, são de forte teor crítico social e cultural. Polígrafo – deixou vasto acervo literário, poético, fotográfico, folclorístico, etc. Nosso enfoque são os poemas das obras “Paulicéia Desvairada” (3) e o da “Lira Paulista” – “A Meditação sobre o Tietê” -, o último escrito pelo autor às vésperas de sua morte. A ópera-coral “Café”, que tratava do olhar do homem comum, das massas operária migrante e imigrante negligenciadas pela elite econômica e política, ficou inacabada(4).

As idéias principais estão marcadas por duas fases distintas de análise. A primeira retrata um Brasil e uma cidade – São Paulo -, se metamorfoseando com a introdução de novas tecnologias, corporações estrangeiras, costumes e gentes diversos vindos de toda a parte e do mundo aglutinando-se nas fábricas e bairros operários em formação, mesclando línguas, culturas, sofrimentos e emoções. Fato vivenciado e retratado por Mário em sua produção, pois, nascido em São Paulo, na casa da Rua Aurora, 320, pôde comparar os traços de sua cidade como observador da infância/adolescência até a maturidade, representando em cada linha as “rupturas” ou as “permanências” com o passado, fosse cultural, histórica ou geográficas (5):

Anhangabaú

Parques do Anhangabaú nos fogaréus da aurora...
Oh larguesas dos meus itinerários!...
Estátuas de bronze nu correndo eternamente,
Num parado desdém pelas velocidades...

(...)

Estes meus parques do Anhangabaú ou de Paris,
Onde as tuas águas, onde as mágoas dos teus sapos?
“Meu pai foi rei!
Foi. – Não foi. Foi. – Não foi.”
Onde as tuas bananeiras?
Onde o teu rio frio encanecido pelos nevoeiros,
Contando histórias aos Sacis?...
Meu querido palimpsesto sem valor!
Crônica em mau latim
Cobrindo uma écloga que não seja a de Virgílio!...


Foto: Fênix, 2004, Vale do Anhangabaú /SP/SP - Brasil.  Abaixo de toneladas de concreto jaz o rio dos "maus espíritos"... Naquele momento para Mário, a paisagem era mutante.

Este passado não é desprezado pelo poeta. É considerado com todos os seus acertos e vícios na reconstrução histórica do povo brasileiro e do espaço, que cede aos apelos do capital e da mentalidade estrangeiras européias. As idéias transplantadas de Progresso e Civilidade esmagam a face da cidade colonial e imperial, sendo esmagadas tão brevemente, pelas da cidade industrial, pós Depressão de 1929, pondo fim ao grande ícone da Primeira República – a Majestade Café.
Em “Anhangabaú”, a domesticação do espaço e a imitação de modelos externos que expropriaram a face natural do vale dos “maus espíritos” indígena, já esquecidos os antigos nevoeiros e lendas de Sacis, impensáveis à explosão do núcleo, o faz agora uma espécie de “manuscrito de poesia pastoril e sem valor”, que pode ser reescrito mediante o Novo que se impõe e modifica a cultura, a geografia e mata a história indígena, mestiça e folclórica típica do brasileiro...
Construir o futuro não seria descartar o passado e tudo a ele relacionado como vital, mas assumi-lo desfazendo erros, sobretudo, em termos de identidade e reconhecimento da terra, suas gentes e particularidades.

Tietê

Era uma vez um rio...
Porém os Borba Gatos dos ultranacionais esperiamente!
Havia nas manhãs cheias de Sol do entusiasmo
As monções da ambição...
E as gigantes vitórias!
As embarcações singravam rumo do abismal Descaminho.

Arroubos... Lutas... Setas... Cantigas... Povoar!...
Ritmos de Brecheret!...E a santificação da morte!
Foram-se os ouros!...E o hoje é da turmalinas!...
Nadador! Vamos partir pela via dum Mato Grosso?

(...)


Rio Tietê em cartão postal entre 1910 e 1920, imagem obtida do livro "Lembranças de São Paulo", disponível na bibliografia.

Em “Tietê”, o rio está morrendo. Desprezado, mesmo diante de tudo que tenha representado nos primeiros tempos da Vila de São Paulo e para a interiorização do Brasil, a “via” para o brilho do ouro, onde se enfrentavam os “descaminhos”, ganha num só movimento a cor “opaca” das turmalinas. Simbolismos nítidos de quem percebe a transformação de papéis e significados... Encerrada a sua função primeira no período colonial – a das “monções da ambição” -, a “santificação da morte” pela Modernidade e Progresso.
Trocam-se os personagens que “se dizem” construtores da história e da cidade, mas os discursos e as relações de exploração permanecem as mesmas, apenas sob a nova embalagem:

Ode Burguês

Eu insulto o burguês!O burguês-níquel,
O burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem curva! O homem nádegas!
O homem sendo francês, brasileiro, italiano,
É sempre um cauteloso pouco a pouco!


Talvez, por tudo isto, Mário não tenha aceitado o rótulo de artista “futurista” dado por Picchia e Oswald. Percebeu de início a armadilha oculta e, logo, usou de ironia para com o conceito, por conhecer seus obstáculos e a força embutida no termo(6), nada condizente com sua própria visão, como percebemos na análise comparativa entre Mário e Marinetti:

Manifesto Futurista, artigos 8 a 11.
8.    Estamos no promontório extremo dos séculos!… Porque deveremos olhar para detrás das costas se queremos arrombar as misteriosas portas do impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós vivemos já no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade.
9.    Nós queremos glorificar a guerra, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas idéias por que se morre e o desprezo da mulher.
10.    Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de todo o tipo e combater o moralismo, o feminismo e todas as vilezas oportunistas ou utilitárias.
11.    Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela revolta; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as gulosas estações de caminho-de-ferro engolindo serpentes fumegantes; as fábricas suspensas das nuvens pelas fitas do seu fumo; as pontes que saltam como atletas por sobre a diabólica cutelaria dos rios ensolarados; os aventureiros navios a vapor que farejam o horizonte; as locomotivas de vasto peito, galgando os carris como grandes cavalos de ferro curvados por longos tubos e o deslizante vôo dos aviões cujos motores drapejam ao vento como o aplauso de uma multidão entusiástica(7).
Mário de Andrade como observador da cidade e dos homens em suas múltiplas facetas, elaborou a sua obra como uma autobiografia. Ou seja, relatou o que sentiu, viu e experenciou em seu tempo, tornando seu trabalho “voz” silenciosa de parte da sociedade esmagada em todos os tempos e espaços construídos historicamente, até a sua época. “Eu - Mário”, “Eu –sociedade”, “Eu – outro” excluído tem a finalidade de contribuir para a mudança estrutural da mentalidade, já que transitando entre os dois mundos, o de sua condição mais humilde e o da burguesia que lhe subsidiava, possuía os parâmetros destas realidades.


Foto: Fênix, São Paulo - Centro, 2010 - A Cidade Concreto(a)...

Em “Lira Paulistana”, o poeta já se opõe a “burguesia de Higienópolis”, do “café”, a burguesia geral que busca a “modernização conservadora” fazendo vistas grossas a miséria que se avoluma...

Eu nem sei se vale a pena
Cantar São Paulo na lida,
Só gente muito iludida
Limpa o gosto e assopra a avena,
Esta angústia não serena,
Muita fome pouco pão,
Eu só vejo na função
Miséria, dolo, ferida,
Isso é vida?

São glórias desta cidade
Ver a arte contando história,
A religião sem memória
De quem foi Cristo em verdade,
Os chefes nossa amizade,
Os estudantes sem textos,
Jornalismo no cabresto,
Tolos contando vitória,
Isso é glória?

(...)
Enquanto se insulta o Eixo,
Lights, tramas, corporation,
E a gente de trás pra trás,
Isso é paz?

(...)
Sem paz, sem amor, sem glória,
Se diz terra progredida,
Eu pergunto:
Isso é vida?

Este é um período de visão dura e muito crítica para consigo mesmo: intelectual e crítico, mas vinculado à burguesia paulista, dela dependente(8),como se contribuindo para a reprodução de tudo aquilo que discorda e condena.
Esse “insight” a respeito de sua situação ou posição nessa sociedade que se degrada e mantêm os velhos problemas desde o seu descobrimento – a exploração e a dependência -, pode ter vindo relativamente tarde para Mário.
Em “A Meditação sobre o Tietê”, o seu último poema, temos a cartase final e reveladora desta constatação. Ele deixava a vida e a cidade representada nas águas do Tietê, ambos doentes, esgotando em si mesmos suas angústias e isolamento:

A Meditação sobre o Tietê


É noite. E tudo é noite. Debaixo do arco admirável
Da Ponte das Bandeiras o rio
Murmura num banzeiro de água pesada e oleosa.
(...)
É um susto. E num momento, o rio
Esplende em luzes inumeráveis, lares, palácios e ruas,
Ruas, ruas, por onde os dinossauros caxingam
Agora, arranha-céus valentes donde saltam
Os bichos blau e os punidores gatos verdes,
Em cânticos, em prazeres, em trabalhos e fábricas,
Luzes e glória. É a cidade... É a emaranhada forma
Humana corrupta da vida que muge e se aplaude.
E se aclama e se falsifica e se esconde. E se deslumbra.
(...)
Destino, predestinações... Meu destino. Estas águas
Do meu Tietê são abjetas e barrentas,
Dão febre, dão a morte decerto, e dão garças e antíteses.
(...)
Isto não são águas que se beba, conhecido, isto são
Águas do vício da terra. Os jabirus e os socós
Gargalham depois morrem. E as antas e os bandeirantes e os ingás,
Depois morrem. Sobra não. Nem sequer o Boi Paciência
Se muda não. Vai tudo ficar na mesma, mas vai!... e os corpos
Podres envenenam estas águas completas no bem e no mal.
Isto não são águas que se beba, conhecido! Estas
Águas são malditas e dão morte, eu descobri! E é por isso
Que elas se afastam dos oceanos e induzem à terra dos homens,
(...)
A culpa é tua, Pai Tietê? A culpa é tua
Si as tuas águas estão podres de fel
E majestade falsa? A culpa é tua
(...)

Si todos esses dinossauros imponentes de luxo e diamante,
Vorazes de genealogia e de arcanos,
Quiserem reconquistar o passado...
Eu me vejo sozinho, arrastando sem músculo
A cauda do pavão e mil olhos de séculos,
Sobretudo os vinte séculos de anticristianismo
Da por todos chamada Civilização Cristã...

(...)

Transfigurado além das profecias!
Eu recuso a paciência, o boi morreu, eu recuso a esperança.
Eu me acho tão cansado em meu furor
As águas apenas murmuram hostis, água vil mas turrona paulista
Que sobe e se espraia, levando as auroras represadas
Para o peito dos sofrimentos dos homens.
... e tudo é noite. Sob o arco admirável
Da Ponte das Bandeiras, morta, dissoluta, fraca,
Uma lágrima apenas, uma lágrima,
Eu sigo alga escusa nas águas do meu Tietê.


Sarcástico e amargurado, não conta mais com a alegria que regeu a sua produção anterior.


Foto: Rio Tamanduateí, 2004, vista da Estação D. pedro II do Metrô.  O rio das "Sete Voltas" retificado e canalizado.
Rio  Tamanduateí em cartão postal. Ilha dos  Amores - Parque D Pedro II, aproximadamente 1910. imagem obtida do livro "Lembranças de São Paulo", disponível na bibliografia
(livro é magnífico: contém parte da lembrança iconográfica 
da cidade através dos seus cartões postais. 
Comparem as imagens...).

Foto:  fundos do Páteo do Colégio, Fênix, 2004. Antiga várzea do Rio Tamanduateí ( Várzea do Carmo).


Até o início do século XX. O Tietê era trafegado por jangadeiros e canoeiros que transportavam todo o tipo de mercadoria. As suas margens, piqueniques, passeios de pedestres, pescarias nas barrancas, esportes náuticos. Estes últimos duraram de 1880 até 1889, quando medidas policiais proibiram a natação no Tamanduateí e Tietê, talvez pelos espetáculos de nudismo ou, pelo perigo enfrentado pelos menores. Os Clubes de Remo surgiram em 1899, mas também não estavam destinados a durar muito.Em 1933 a publicação oficial A Capital de São Paulo já atestava a existência de ”resíduos das fábricas” e a morte dos peixes(9). O rio que alimentou a população mais pobre de São Paulo estava morrendo. As instalações recreativas ligadas a ele desapareceram, suas margens arborizadas foram sistematicamente destruídas e ninguém mais passeava por elas. Mário assiste todo esse processo de destruição causado pelas novas forças econômicas que se impunham sem freios sobre a cidade.
Por outro lado, enquanto a especulação imobiliária ergue arranha-céus a fim de aproveitar cada metro quadrado de infra-estrutura instalada no velho centro(10), a oligarquia absenteísta de cafeicultores tradicional – os “dinossauros” que cambaleiam tentando sobreviver aos tempos alucinantes e traiçoeiros -, se indispõe contra os imigrantes enriquecidos da época, industriais e mecenas. A glória de “antes” e a gloria de “agora”, às vésperas da morte do autor, são simulacros de uma tal realidade “espetacular” da civilização citadina, agora, ávida pela Modernidade. E mais, da Civilização Cristã – “anticristo”, por valorizar atitudes mesquinhas e egoístas na busca de garantir o status quo por meio do lucro, do domínio dos meios de produção e da política.

Quando comparamos as informações dadas pelos poemas e os dados geo -historicamente construídos constatamos a gama de discussões culturais e geográficas que podem ser destacadas numa leitura mais atenta. Observados os pontos pessoais que podem influenciar na produção artística, revisto o contexto da vida e do local/ região/país, ainda, as influencias externas e socioeconômicas em que o autor está inserido, toda a construção do espaço material e ambiental paulistano está presente.
Citando Segall, 1824 “Cada homem é filho de seu tempo e a sua expressão é a expressão desse tempo”. Enfim, a arte Mariodeandradiana pretendeu ser contestadora e subversiva, legando-nos as impressões de uma cidade “movediça”, de homens, rios e operários sem “vez” ou “voz”, anônimos ou “à parte”, como se figurantes ocupando a revelia, o espaço...

Síntese

O homem modifica a Natureza e se modifica a mesma medida, ao produzir historicamente o espaço material e sócio-cultural. Cada sociedade e, em seu interior, cada indivíduo tem uma forma específica de apreender o espaço e representar a paisagem, sendo que é exatamente por essa visão particular que o mesmo espaço não tem igual valor e significado para todos que partilham o lugar. Tratar esse espaço como representação comum, portanto, seria um erro e a solução advinda sempre deficiente para aqueles negligenciados por essa generalização.
O que individualiza essa percepção é o posicionamento político, social, econômico e a base cultural vivenciada e representada pelo indivíduo em suas obras. É preciso frisar, entretanto, que percepção não é conhecimento(11) e a significação é “atribuída” - não “real” -, como poderíamos numa primeira leitura, supor. Deste modo, para a corporação Light, as águas representavam a lógica dos lucros; para o povo das várzeas, as enchentes, os mosquitos, as doenças, as carências no abastecimento de água potável ( depois que o rio perdeu suas potencialidades...); para a elite dirigente, o obstáculo à expansão física da cidade, mas também, e contraditoriamente, a própria e tão sonhada “civilidade”. Estes são alguns exemplos: cada agente nesse espaço urbano, um interesse. E os comportamentos individuais como escolhas pessoais resultam nas associações e grupos que contemplam reforçando e dando suporte a esses interesses.
São essas análises – posicionamento político, social, econômico e base cultural -, fundamentais para que se possa indicar não o que “foi” a cidade de são Paulo à época de Mário, e sim, uma das muitas formas de percepção e representação espacial produzida sobre a mesma. A análise do espaço sob o ângulo cultural deve considerar as múltiplas variáveis, nunca ser usada de maneira isolada ou genérica, todavia, não deve ser desconsiderada, pois se torna necessária para a compreensão do mundo (12) à imagem das pessoas que o constroem. A paisagem como “um texto a ser lido ( e interpretado...) ou “suporte das representações”(13) merece condutas que contextualizem o individuo e a coletividade onde está inserido, caso contrário, a Geografia será ideológica e fragmentada(14).

Notas
(1) - Embora apoiasse a Revolução de 30, sete anos mais tarde desaprovou o Estado Novo de Vargas.
(2) - citado por José Antonio Pasta Junior, em entrevista, www.mec.gov.br,s/d.
(3) - "Tietê', "Anhangabaú" e como auxiliares na descrição do ambiente cidade / produção social / econômica - "Rua são Bento", "Paisagem n. 1", "Ode ao burguês", "Domingo".
(4) www.iar.unicamp.bralunos/cafe/breve-comentário.
(5) As "rupturas geográficas" numa cidade que, como citava Alcântara Machado, " Aqui, as casas vivem menos do que os homens. E se afastam para alargar as ruas. Nem há nada acabado, definitivo" Citado em OLIVEIRA. Fernando Milliet - Banespa 60 anos. Ainda, a "permanência histórica" da exploração de uma maioria por uma elite econômica e política; e da dependência do capital estrangeiro, mais contido com as idéias nacionalistas de Vargas.
(6) MONTEIRO. Francisco C. Manhães. Poeta Futurista? www.quixote.com.br.
(7) fonte: DHNET.
(8) MONTEIRO. Francisco C. Manhães. Idem.
(9)GERODETTI & CORNEJO. Lembranças de São Paulo: Solares, 2002.
(10) só a partir dos anos 30 que o centro começou a se deslocar para o outro lado do Anhangabaú.
(11)SANTOS. Milton. Por uma Geografia Nova: da Crítica da Geografia para uma Geografia Crítica. São Paulo: Hucitec, EDUSP, 1978.
(12) CORREA. Roberto Lobato. Manifestação da Cultura no Espaço. Rio de janeiro: EDUERJ, 1999.
(13)  MAIA. Rita Maria de Abreu & outros. Idem.
(14)SANTOS. Milton. Idem.
(15)ALMANAQUE BRASIL DE CULTURA POPULAR. ano 5, 58, janeiro de 2004, p17.

Bibliografia

CORREA. Roberto Lobato. Manifestação da Cultura no Espaço. Rio de janeiro: EDUERJ, 1999.

CUSTÓDIO. Vanderli. A questão das Águas na RMSP. Projeto Educação Ambiental 2. LAPECH; AGBSP, DEZ, 2004.

GERODETTI & CORNEJO. Lembranças de São Paulo: Solares, 2002.

LOPEZ. Telê Ancona. Uma autobiografia de Mário de Andrade. SP: PMSP / SMC /USP/IEB/CCSP – 10 de agosto a 02 de outubro de 1992.

OLIVEIRA. Fernando Milliet. BANESPA 60 ANOS. SP: Projeto PW, 1996.

PRADO JR. Caio. A cidade de são Paulo. São Paulo, SP: Brasiliense, 1989.

SANTOS. Milton. Por uma Geografia Nova: da Crítica da Geografia para uma Geografia Crítica. São Paulo: Hucitec, EDUSP, 1978.



Desculpem-me pela formatação: infelizmente ela não se manteve...

6 comentários:

Denise SCARAMAI disse...

é sempre tão bom ver
e saber mais sobre minha cidade!
parabéns pelo interessantíssimo blog!
um abraço

arcadia disse...

Great photos! :)

Luciana disse...

Quando vou à Sampa, "alguma coisa acontece no meu coração..." . Linda, desvairada, pulsante.
Bonito post!

Anônimo disse...

Quero lhe agradecer por seu carinho, palavras e amizade. Dizer que o Linkando Você está sempre aberto a boas postagens, como as suas.

Aproveitar para deixar aqui meu convite.
Conheça meu novo blogue
Mamute - links de peso
(um agregador que realmente envia visitas)

http://mamutelinks.blogspot.com/

Dizer que por agradecimento as suas palavras e seu apoio coloquei um link seu e já está sendo divulgado para o mundo.
Conheça!
Participe!

Um abraço. :-)

Anônimo disse...

O seu blogue entrou no tubo direcional do Mamute Links.

Visitas da europa e EUA a caminho.

Abraço.

BELcrei disse...

Que satisfação passar aqui e ver o link que está sendo promovido no Mamute como primeiro da lista de mais populares.
Legal. :-)

O Mamute fez uma visitinha.

A partir de agora dezenas de visitas para o seu espaço:
Eles virão... da
Bélgica,
Turquia,
Canadá,
Alemanha,
Portugal,
Espanha,
França,
Dinamarca,
Africa e EUA.

http://mamutelinks.blogspot.com/

Abraço.
BELcrei:-)

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