"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

O Mundo no Engenho... e o ENGENHO do Mundo

sábado, 31 de outubro de 2009

Saci ou Halloween? Todas as Culturas cabem no nosso coração! E que um não "espante" o outro...




É a floresta daqui...
É a floresta de lá...
Os espíritos estão à solta,
Prontos para nossas casas rondar:
Doces ou travessuras?
Os dois?




 Oh... Mundo Guarani!

...Bambuzal é berço na mata:
Mas,  curumim endiabrado se faz capoeira
E com o negro laços ata!
Vira Saci, perde uma perna,
Fica mais travesso ainda
Mas, sério com a sua floresta!
Adota o gorro da Liberdade...
Com o seu cachimbo sai a fazer traquinagens...

Redemoinho que brota do chão - 
Pé de vento - por que não anuncia o catavento?
Nossa Senhora! Desconjuro!
Só São Longuinho para encontrar
O que esse moleque esconde noutro lugar!
Que as bruxas não nos ouçam -
Para que com ele não façam par...
Já imaginou quantos doces?
Xi... sumiu  o Bolo de Fubá!


Um beijo para todas as crianças.
(hahahahahaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...)




Fênix...

(imagem: boingboing.net)

domingo, 18 de outubro de 2009

Doutrinamento social: máquinas de moer mentes.

Ensinar é um ato político. Passar, omitir, simular, induzir à... Estes verbos que sugerem diversas ações sobre o ato explicam a grandeza e a pequenez dos agentes escolhidos para exercer tal tarefa tão importante. Numa empresa / instituição onde não haja formação humana adequada para essa finalidade, é possível que mediante o medo da concorrência e da ciência cruel de que se é mera peça substituível de uma gigantesca máquina, a parte negativa do ato aflore mais, de modo que assegure a própria e dissimulada excelência, mesmo que frágil, à custa da ignorância fragmentada do outro. São os princípios da Teoria Clássica da Administração de H. Fayol1 somados ao Taylorismo2 influenciando nas relações entre as pessoas. A(s) técnica(s) sobreposta(s) ao humano.

A manutenção dos micro poderes emperrando o andamento do TODO, apenas moldando artifícios capazes de escamotear a realidade a fim de garantir a própria existência como único foco norteador é, infelizmente, frequente... E isto não significa que este ato seja exercido por alguém que não tenha instrução formal esmerada... Muitas vezes, somos testemunhas de abusos vindos de pessoas muito letradas, mas pouco educadas já na primeira infância para lidar com os outros3. Pessoas que não aprenderam a ouvir “não” e que desconhecem “limites” entre o “Eu” e o “outro”, entre o “público” e o “privado”. Será que o caro leitor conhece gente assim? Gente que lida com o funcionário como se estivesse lidando com um utensílio da cozinha? Ou com o cão – que recebe agrado se abana o rabo e castigos se não obedece direitinho? Ou que ainda, brada no serviço “essa é minha cadeira” esse é meu computador”... Quem ainda não viu candidatos atrasados esmurrando os portões, gritando que quer entrar? Chega a ser cômico... Alguém assim, se importa com os outros ou com equipes?
 Num mundo em que a eficiência é requerida, a equipe deve ser chamada a opinar. São os funcionários que lidam no dia-a-dia com as dificuldades que devem apontar os caminhos mais fáceis para um melhor procedimento. A função do chefe, neste contexto, é obsoleta. Deve ser substituída pela de coordenador – cujas atividades modernizadas -, é obvio, são bem diferentes do mando / execução. Este, por sua vez, deve ser escolhido com atributos que, hoje, são muito mais relevantes: deve saber ouvir a todos; deve saber expor o que ouviu de forma sucinta, de modo a sintetizar as idéias do grupo; deve saber transmitir o conteúdo da mensagem de sua equipe defendendo-a, após as devidas inclusões, exclusões e correções, sempre com a interatividade dos setores envolvidos. Tudo pelo bem comum do trabalho: quem trabalha contente - trabalha bem. Se realiza como pessoa. Alguém que se prevaleça de seu caráter ditatorial e possessivo não tem o perfil adequado, pois manipulará, a seu bel prazer, situações. E num mundo onde os jovens são mais esclarecidos4, a Lei da chibata psicológica não surte os efeitos esperados. O resultado é uma alta rotatividade que, tanto financeiramente como internamente, influenciarão de forma negativa na produtividade de todos, já que que o ciclo do “ensino” se repete da mesma forma degradada que a anterior, sobrecarregando quem fica, e de certa forma exaurindo-lhes a ponto do erro! Assim, nunca há alguém capacitado para “substituir” porque efetivamente o conhecimento foi, acima de tudo, alvo do mau ato político. Será possível que todo novo funcionário é relapso, incapaz e irresponsável? Empresas / instituições sérias estão preocupadas com isso. Se é um quadro comum na sua é bom começar a repensar as chefias... Pois o bem-estar, a solidariedade, a cooperação entre os membros é o caminho. E cuidado com os discursos: cooperação é ação espontânea e não impositiva. Digo porque ouvir um “Não posso nesse momento”, não vai matar... Se “não” matasse - a humanidade estaria extinta. Nem sempre, em dado momento, é possível auxiliar alguém sem comprometer o próprio trabalho...Cooperar não é se prejudicar.
Por fim, é recomendável fugir dos fuxicos. Por medo de represália alguns se sujeitam e aceitam humilhar e discriminar aquele que o chefe não gosta: ou por ser sindicalista, ou por ser depressivo, ou por qualquer motivo inventado. A roupa, a cor do cabelo, a religião, a tatuagem... Tachados como “feios”, logo são também “sujos” e “malvados”... Entretanto, é muito significativo não esquecer que a próxima vítima poderá ser você... Não dar corda a esse tipo de assunto é um bom começo e, quem costuma aderir - pense nisso... O silêncio ou a mudança de assunto é um ótimo indicativo de que a conversa não está agradando.
Transcrevo abaixo alguns princípios formulados nos fins do século XIX, início do XX, por Henri Fayol, em complementação aos de W. Taylor, que podem ser observados nos discursos e atos do XXI:
* “Autoridade - Autoridade é todo direito dos superiores darem ordens que teoricamente serão obedecidas. Responsabilidade é a contrapartida da autoridade. 
* Disciplina - Necessidade de estabelecer regras de conduta e de trabalho válidas pra todos os funcionários. A ausência de disciplina gera o caos na organização.
* Unidade de comando - Um funcionário deve receber ordens de apenas um chefe, evitando contra-ordens.
* Linha de Comando (Hierarquia) - Defesa incondicional da estrutura hierárquica, respeitando à risca uma linha de autoridade fixa.
* Ordem - Deve ser mantida em toda organização, preservando um lugar pra cada coisa e cada coisa em seu lugar.” grifos meus. (htpp://www.wikipedia.org.wiki/consumo).
  As críticas...
*  “Obsessão pelo comando;
*      Organização vista como sistema fechado, independente do meio externo;
Manipulador dos trabalhadores” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol).
   Veja:
O homem que virou suco ( dir. João Batista de Andrade, 1980 );           Tempos Modernos ( dir. Charles Chaplin, 1936);





Notas:

1 - foi idealizada por Henri Fayol. Caracteriza-se pela ênfase na estrutura organizacional, pela visão do homem econômico e pela busca da máxima eficiência.
Sofreu críticas como a manipulação dos trabalhadores através dos incentivos materiais e salariais e a excessiva unidade de comando e responsabilidade. Os economistas assumiram que o estudo das ações econômicas do homem poderia ser feito abstraindo-se as outras dimensões culturais do comportamento humano: dimensões morais, éticas, religiosas, políticas, etc., e concentraram seu interesse naquilo que eles identificaram como as duas funções elementares exercidas por todo e qualquer indivíduo : o consumo e a produção.
O homo economicus nada mais é do que um pedaço de ser humano, um fragmento, um resto, a sua parcela que apenas produz e consome, segundo "leis" deduzidas da observação, cujo único critério de verdade apoiava-se na evidência. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Jules_Henri_Fayol)
2 - Em 1911, o engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor publicou “Os princípios da administração científica”, ele propunha uma intensificação da divisão do trabalho, ou seja, fracionar as etapas do processo produtivo de modo que o trabalhador desenvolvesse tarefas ultra-especializadas e repetitivas. Diferenciando o trabalho intelectual do trabalho manual. Fazendo um controle sobre o tempo gasto em cada tarefa e um constante esforço de racionalização, para que a tarefa seja executada num prazo mínimo ( http://www.brasilescola.com/geografia/taylorismo-fordismo.htm )
3- Diferentes seja cultural ou socialmente, mas em essência – iguais.
4- A Geração Y responde muito menos aos tipos de comandos e controles tradicionais de gerenciamento ainda populares. É a maioria da força de trabalho de hoje, diz Jordan Kaplan, um professor associado à ciência de gerenciamento na Universidade de Lond Island, Brooklin, Nova York. Eles cresceram questionando seus pais e agora estão questionando seus empregadores. Eles não sabem se calar, o que é ótimo, mas isto é um agravante para o gerente de 50 anos quando diz, - “Não faça isto não faça aquilo”.
Conflitos também podem aparecer no estilo de gerenciamento Diferentemente das antigas gerações, que em grande parte estavam acostumados a revisões anuais, a Geração Y cresceu dentro de constante feedback e reconhecimento dos professores, pais e orientadores e podem se ressentir e se sentirem perdidos se a comunicação com os patrões não é mais regular.
(http://www.kairosnet.com.br/jobjump/ger_y.html)

Bibliografia:
sites indicados - notas.



notanapauta.blogspot

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Selos e Parcerias em destaque...

Primeiro Selo Compartilhar - 2009


Oferecido ao Engenho pelo blogue:
Jurassik Park ( hoje - Mundo Pré-Histórico );


Segundo Selo Blog Amigable - 2010
"Prêmio Dardos"

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Quando a voz que canta a Liberdade se cala, o mundo - já cativo de sua luz-, chora...

catador-mp3.blogspot.com

Mercedes Sosa era de ascendência ameríndia. Nasceu na Argentina, em 1934. Entretanto, teve grande popularidade na América Latina, não só por seu estilo e personalidade marcantes, mas também, por sua magnífica voz.

Ela gravou a música folclórica de seu país e outras, de compositores internacionais, como Chico Buarque de Holanda ( Cio da Terra ). No Brasil, ficou muito conhecida quando fez parceria com Beth Carvalho, So le piedo a Dios; com Milton Nascimento, Corazón Americano, 1986; com Fagner, na música Años , 1981.

Ativista política, sempre se preocupou com as mensagens da sua arte condenando o imperialismo norte-americano,o consumismo e as desigualdades sociais, o que é facilmente perceptível no conjunto de sua obra. Fez parte do movimento Nueva Canción, talvez, originado no Chile e com raízes africanas,cubanas, andinas e espanholas, de cunho político e social ( 1050/1960), representado por diversos países sul americanos. Gil, Caetano e Chico, também são representantes desse movimento, de acordo com as fontes consultadas.

Por causa dessa militância política, suas obras foram proibidas e acabou exilada na Europa, durante a ditadura militar Argentina ( 1976/1983). De lá passou a ser conhecida no mundo.

Apelidada de La Negra, conforme alguns, devido aos longos cabelos negros, conforme outros, por sua origem mestiça/ameríndia, não pôde acompanhar o lançamento do álbum Cantora, que teve a participação de Caetano Veloso e Daniela Mercury. Álbum este que recebeu três indicações para o Grammy Latino 2009 e bateu recordes de venda, contendo exatamente, aquilo que sempre gostou de cantar – músicas clássicas do folclore latino-americano.

A cantora faleceu aos 74 anos, vítima de uma doença hepática. Seu corpo foi levado ao crematório do Cemitério de Chacarita, em Buenos Aires e, suas cinzas serão lançadas em Tucuman, Mendonza, sua província natal.

“A voz da América latina” - como muitos, com propriedade, a classificam, pode ter se calado. Porém, a sua história já é parte da História do povo Latino-americano e, de todos aqueles que como ela, cantaram, cantam e continuarão cantando a Liberdade.

E que não venham as trevas...

Saudações Mercedes. Saudações ao povo da Argentina. Saudações América-Latina...

Google imagens

Discografia: alguns exemplos... La voz de la zafra (1962) Canciones con fundamento (1965) Navidad con Mercedes Sosa (1970) El grito de la tierra (1970) Homenaje a Violeta Parra (1971) Hasta la victoria (1972) Cantata Sudamericana (1972) Traigo un pueblo en mi voz (1973) Niño de mañana (1975) A que florezca mi pueblo (1975) La mamancy (1976) En dirección del viento (1976) O cio da terra (1977) Mercedes Sosa interpreta a Atahualpa Yupanqui (1977) Si se calla el cantor (1977) Serenata para la tierra de uno (1979) A quién doy (1980) Gravado ao vivo no Brasil (1980) Recital (1983) Gracias a la vida (1987) Alta fidelidad (1997) Al despertar (1998) Misa Criolla (2000) Acústico (2002) Argentina quiere cantar (2003) Corazón Libre (2005)

Cantora (2009)

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Sosa

http://www.youtube.com/watch?v=S0RlDzD0cz8

http://www.youtube.com/watch?v=WyOJ-A5iv5I&feature=related

http://toque-musicall.blogspot.com/

http://www.bahiaja.com.br/noticia.php?idNoticia=18778

http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?canal=403

http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/2009

(por Walter Bianchi/Daniela Desantis)

Muito grata a todos que forneceram as imagens e as informações.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

" O conhecimento dói. E dói com mais intensidade, a medida que nos prova o tamanho de nossa impotência diante das adversidades da Vida."

Resistências II - Fênix Cruz
Lamento Blues
( letra & melodia - canto coral)
Canto Negro Canto do Blues... Todo segredo É peso da cruz... (bis) Lamento o desfecho O amor que reduz... À face de gelo Só me resta este Blues... Fênix Cruz... O Verbo
( letra & melodia )
Só Deus Para iluminar os meus caminhos Só Deus Para ter de mim compaixão... Nas ruas a cismar sempre sozinho: Só um poeta, a estrela, E pé no chão... Bandeira da minha terra Eu ergui... Porteiras quem me dera, Eu abrir... Agora, entre as serras Onde vivi, Poeira e miséria: O que vi? Faça-se a luz E a luz foi feita... Faça-se o Amor E o homem rejeita... (bis) Só Deus Para iluminar os meus caminhos, Só Deus Para ter de mim compaixão... Só Deus Para iluminar esses caminhos, Só Deus Para ter de nós compaixão... Atitudes Lua, Lua Numa manhã tão muda, Muda... Entre nuvens velozes Imagens e vozes – Bendito seja o verbo -, Verbo divino do querer Rompendo com as amarras: Com os limiares – o Ser... Lua, Lua Numa manhã tão sua... Felicidade são detalhes Que entre nuvens velozes Imagens e vozes Estão como o Sol a crescer: Partilhando o mesmo espaço, O conviver... Ser é ter a ousadia de ver! Numa manhã tão sua, Numa manhã tão muda... Muda! Bendito seja o verbo Verbo divino do querer Ver é ter a ousadia de ser... Se quer envelhecer!
( letra & melodia)
O mundo gira sem você... Mesmo que não queira crer. Deus está no céu Não desfila pela Terra - Quem se ajoelha - erra! Lá se foi o tempo da chibata... Complexo também mata: Só o amor nos faz rejuvenescer! (bis)
Resistências I É, alguns momentos são de árdua reflexão: encontros, desencontros... Mais de solidão do que de amizades. Também guardo um sonho: Nele, que o diferente não seja tratado como desigual; Que a palavra hegemonia seja banida dos dicionários; Que os valores étnicos sobressaiam aos desvaliosos racistas; Que as categorias se dissolvam em apenas: Humanidade... Que a Árvore da Vida não tombe com um sopro, Sequer arque com a tempestade! Que a palavra seja Lei que garanta a Liberdade... Não a Liberdade de morrer de frio e de fome; Não a Liberdade de não honrar um passado ou um nome; A Liberdade de sair e saber que haverá volta... Que as grades não precisarão mais estar em janelas e portas... A liberdade de chorar por ser feliz, Não por temer o amanhã. Entretanto, enquanto nos alimentarmos das desgraças - Que são só aparentemente de graça -, Tudo será sempre um sonho. Apenas, outra Utopia. Fênix
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