"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

O Mundo no Engenho... e o ENGENHO do Mundo

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Ubuntu: este Pingüim não vai para a geladeira! ( Parte I)


Em texto anterior expusemos algumas informações a respeito do sistema operacional LINUX e fizemos algumas indicações importantes para aqueles que necessitam de auxílio para instalação do CD. As obras são fáceis e nenhuma requer que o usuário tenha experiência, ao contrário, são exatamente para quem não sabe trabalhar com este sistema operacional. Entretanto, a disponibilidade de material explicativo e a facilidade no uso da interface gráfica, sem dúvida, está na distro sul-africana Ubuntu. Para não incorrermos no risco de falar o que já foi dito por outros, vamos ao que interessa...
Alguns aplicativos pós-instalação são muito bons. Os essenciais já vêm instalados por padrão, outros somos nós que devemos - a partir do Gerenciador de Pacotes Synaptic -, clicar para instalar. A operação requer estar conectado à internet, pois o Gerenciador desempacota e busca dependências. Também atualiza o que for importante para o sistema sanando possíveis brechas na segurança, decorrentes de desatualizações.
Neste texto iremos falar um pouco a respeito dos seguintes aplicativos:
1)Editor de textos OpenOffice.org;
2)Gravador de CD/DVD Brasero;
3) Atalhos para área de trabalho.
Estes foram os caminhos que seguimos sozinhos, sem nenhuma experiência no sistema. Outros não cursamos e, ainda há aqueles que estamos tentando dominar. A medida que conseguirmos, o guia estará disponível no blogue. Inclusive, aberto a participação dos experts da área, pois podemos nos equivocar, já que a experiência estamos adquirindo.
No próximo texto trataremos do Gerenciador de Pacotes Synaptic, do Gerenciador de e-mails Evolucion; de jogos legais para a criançada. Para adultos, também tem, mas cada um deve buscar o seu, pois os violentos não passam por esta tela e não falamos deles.

1 ) O que o usuário precisa para fazer um bom texto?

Observe a tela a seguir.

Figura 1.



Com exceção de muitos cliparts que temos que liberar por meio do synaptic, uma parte deles e os demais recursos estão disponíveis por padrão. É óbvio que a primeira aparência também é a padrão, então, janelas, ícones e cores em nossos exemplos são configurados conforme o gosto da Casa. A primeira aparência não é tão bonita, mas as possibilidades de mudarmos de acordo com nossa preferência é que permite o toque pessoal. Podemos escolher item por item e gravar. Desse modo, a primeira vista é tudo muito sem graça, literalmente. O que é uma questão de escolha – tem quem goste da tela sem muitas cores, com letras menores, sem atalhos no desktop, com ícones simples ou mais sofisticados. Mas vamos primeiro mostrar como usar o editor de textos, antes de exemplificar como colocar os ícones na área de trabalho. Vejamos os botões, que de modo geral, têm funções bem parecidas com o Word ( do Windons).



Figura 2 – Ícones superiores convencionais – na ordem da esquerda para direita
Novo
abrir
Salvar
Salvar como
Doc. como e-mail
Editar arquivo
Exportar PDF
Imprimir
Visualizar página
Verificação ortográfica
Auto verificação
Recortar
Copiar
Colar
Pincel de estilo
Desfazer digitação
Refazer digitação
Hiperlink
Tabela
Mostrar funções do desenho
Localizar e substituir
Navegador
Gallery
Fontes de dados
Caracteres não imprimíveis.
Estilo e formatação
Aplicar estilo
Nome da fonte
Tamanho da Fonte
Negrito
Itálico
Sublinhado
Alinhar à esquerda
Centralizado
Alinhar à direita
Justificado
Ativar e desativar a numeração
Ativar e desativar marcadores
Diminuir recuo
Aumentar recuo
Desfazer digitação
Refazer digitação
Aumentar a Fonte
Realçar

Figura 3 – Ícones inferiores (ficam a mostra quando clicado o botão Mostrar Funções de Desenho)



Figura 4 – Imagens Gallery – ícone


Figura 5 – Imagens Gallery – Meu Tema



As figuras acima foram adicionadas ao Meu Tema, isto é, aquela imagem que o usuário escolheu para ser fundo ou detalhe da página pode constar do Gallery, e ser simplesmente copiada e ajustada, como faço agora, logo abaixo:



Foto: Fênix Cruz / 2010 - “TRAJETÓRIAS”

...ou fundo mesmo:

Figura 6 – Fundo de Página.



Para adicionar um tema clique em “propriedades” / “adicionar” / (escolha a figura – para visualizá-la clique no item no canto esquerdo da janela).
Figura 7 – Para Adicionar.



É possível copiar qualquer figura que esteja disponível no Gallery, tal como torná-la fundo de página, se necessário:




Figura 8 – Outro Fundo de Página



Se o usuário não quer perder o que adicionou não clique em atualizar... Se quiser, fique a vontade...
È possível criar um Novo Tema clicando na caixa do mesmo nome. Então, renomear / adicionar / escolher figura / salvar. O Novo tema aparecerá na listagem à esquerda, junto com os demais cliparts.
Para finalizar, além do fundo de página e da cópia, pode ser inserida a imagem apenas num parágrafo:

Figura 9 – Parágrafo.



Os demais comandos são semelhantes aos do Word / Windons.
Figura 10 – Visualizar Página.



2 ) Quando mudamos para o Ubuntu o costume de usar o K3B nos impediu de constatar o quanto o Gravador de CD / DVD Brasero é prático. Um problema inesperado com o KDE ( provavelmente um conflito com o GNOME ) fez com que este gravador de CD / DVD não funcionasse corretamente. E embora o K3B, como tudo que é KDE, seja excepcionalmente bonito na apresentação, o Brasero tornou-se insubstituível. Vejamos por que.
Clique em Aplicativos / Multimídia / Gravador de Discos Brasero. Aparecerá a tela abaixo:
Escolha entre as opções. Exemplificaremos com a segunda.

Figura11 – Brasero – Gravador de CD / dados.



Selecione um arquivo.

Figura 12 – Selecionar arquivos.



Selecione vários arquivos ( shift+seta)

Figura 13.



Observe que a imagem a ser adicionada vai aparecendo no canto superior direito a medida que o usuário clica negritando o arquivo. Apenas adicione considerando o tamanho estimado do projeto. Se precisar, remova arquivos. Na imagem abaixo, o arquivo já está selecionado e somado à estimativa do tamanho.

Figura 14



Feito, aperte o botão gravar e pronto.

Figura 15 – Gravando.



3) Para adicionar atalhos na área de trabalho basta:

Figura 16 – Arrastar e soltar.




Aplicativos / acessórios / gerenciar trabalhos de impressão (arrastar até o desktop ou painel e soltar)

Figura 17



Esperamos que tenha sido bem útil aos novos usuários !

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Os Espectros na trilogia de Philip Pullman, outras lembranças e a Condição humana...

Montagem : Ecos d(O) Grito
Fênix Cruz / Engenholiterarte.

  Inspirado em Edvard Munch, 
aos esquecidos, desprezados ou 
“descartáveis” da(s) Terra(s)...


"(...)Acho que talvez eles tenham vindo do meu mundo, os espectros."


" (...)Foi quando a minha mãe estava tendo outra fase ruim.(...) E tinha que fazer coisas que não faziam sentido, pelo menos para mim. (...) Como tocar em todas as ripas da grade em volta do parque, ou contar as folhas de um arbusto. (...) Achavam que ela era louca e queriam machucar ela, talvez até matar (...). simplesmente ela era diferente, e eles tinham ódio disso."
(A Faca Sutil - 2º volume da Trilogia, p. 209 e 241)

... Foram as palavras de Will, ao se lembrar da mãe amedrontada, emersa num mundo interno paralelo e semi-fechado, como forma de auto -  proteção... 


Detestado por alguns, amado por outros, Philip Pullman provoca, polemiza e não passa despercebido exatamente por conta de todas essas reações extremadas. Assim, não pode ser autor e obra tão desprezíveis...
Para quem leu o livro e não se limitou à sedução da Sétima Arte, as tramas são um convite à reflexão, ao pensamento mais complexo e elaborado - não à condenação axiomática desta ou daquela instituição. Sem falar que  a obra, por sua características, deixa muito claro que é uma ficção.
A fim de trabalharmos este texto recortamos do contexto aquilo que nos mostrou ser mais significativo. E é especificamente a respeito do trecho que abre a exposição, que buscamos refletir como parte da Condição Humana(1). Entretanto, é preciso muito mais do que olhos para ver (instinto) e muito mais do que instrução (pretensa razão) para compreender sem estigmatizar, rechaçar, classificar... 
Os espectros de Pullman são fantasmas que se alimentam da consciência alheia, rondam sem ser vistos ou notados pelas crianças, até que possam dar o bote - quando estas atingem a fase da adolescência(2) -, esvaziando suas vítimas de toda substância vital.  São devoradores de almas e seu ataque é a morte em vida, a perda do Sentido... E sabemos que o Sentido  se cria no interior de  seres conscientes, perigosos, porque independentes em sua escolha e ação.  Todo ser dependente é esvaziado de si: tão invisível e “faminto” quanto os espectros...
Enquanto os espectros se apossam da alma - o anima -, outro tipo de fantasmas, os avantesmas, aguardam para destroçar os corpos a vagar desorientados pelas confusões entre os mundos ou para se aproveitarem das guerras e de todo tipo de conflito pelo poder.  Ambos são seres vis e oportunistas e podem bem representar muitos grupos humanos cuja política é a de se beneficiar não importa quando, quanto, menos ainda os meios.
Voltando à Pullman, talvez seja possível traçar um paralelo com duas correntes filosóficas do chamado “Helenismo tardio”grego (3). A hegemônica, em parte, contribuiu para a construção de alguns fundamentos da doutrina Cristã cuja cisão corpo (instinto) e alma (razão), impôs  obediência, humildade e submissão ao plano determinado. A principio, em nome de um Deus - Pai (fé /religião). Mais tarde, arquetipicamente reelaborada para responder não a um plano divino verticalizado, mas ao poder terreno de alguns homens necessitados do mesmo rigor na rotina do comando do trabalho operário. A contemplação, agora, não é a dos sinais de um Deus (que castiga ou premia com o Paraíso celeste), e sim de um mundo técno-descartável-utilitarista. Deve-se ouvir os sinais das tecnologias, caso contrário, o inferno na Terra ( o desemprego, a fome, a ignorância...)  E lembrando que os homens são essencialmente criadores de histórias tudo prossegue bem justificado, se não pela “religião”, pela “ciência” e se as duas falharem nos respectivos doutrinamentos, ainda existem outras formas de vigilância, controle e punição institucionalizadas.
Posto assim, o corpo ceifado da alma - a intercisão -, é qualquer forma de redução do SER. Todo um legado de repressão, controle, tortura, vigilância e poder ensinados e potencializados por um grupo ou por outro, mas com as mesmas intenções: Lord Asriel não deixou de sacrificar Roger para atingir o seu objetivo e criar a ponte, tal como a Autoridade não  poupou esforços para manter os seus segredos e poder. O discurso é sempre  adequado e conveniente para certas finalidades, mas em essência, iguais...
Os dimons , almas externas que nas crianças têm formas mutantes, são o espelho do que sentem.  Quando fixam a forma representam o caráter simbolizado por um animal.  É a fase adulta. Nos soldados da Sra. Coulter os dimons cães, talvez, representem a alma submissa e cega à obediência aos "donos"da sua paga. Quanto à Sra. Coulter , tão doce, bela, culta e polida é reveladora a personalidade representada por um macaco irrequieto, instável e cruel. Àqueles que são “diferentes”o preço a ser pago é o da aniquilação, se possível, desde a infância...Cortando-lhes as possibilidades de escolha... No livro de Pullman isto se faz separando os dimons que são o gênio, a alma, o conhecimento. Poderia ser de outra forma: quem não se lembra de "A Revolução dos bichos", de Orwell, resumindo diante dos nossos olhos  - por meio de mais uma ficção -, séculos de História onde o conhecimento vai gradativamente sendo omitido ou deturpado em nome de um “passado” revolucionário? Também nele são as pessoas comuns chamadas a lutar em nome de alguma coisa. E, excluídas aos poucos, caso se revoltem são ridicularizadas ( banimento moral ) ou mortas de modo banal. Por outro lado, outros apenas se conformam em viver das migalhas desse mesmo poder, sem questioná-lo. Seguem a ORDEM a qual estão habituados sem sustos, sem mudanças, usufruindo das pequenas vantagens...
Se pensarmos na mãe de Will – louca ou não -, tinha razão em seus receios.
Em suma, a primeira queda é a do Espírito - aprisionado. A segunda, a do Corpo – desacreditado, rotulado. A terceira á a morte Social ou a aniquilação dos princípios em troca da sobrevivência, isto é, de uma existência menor -  uma sobrevida. Ao invés da adaptação biológica como em outras ficções famosas onde exércitos eram formados produtos de uma manipulação genética ou de clonagens específicas, no nosso caso a chave para a dominação é a degeneração que começa na psiqué humana, vencendo as resistências da mente e finalmente, submetendo o corpo. Nos exemplos os dogmas cegos, seja os da religião ou os da ciência a serviço de uma tal autoridade geram alguma forma de violência. "Fé cega faca amolada" - bem alerta o poeta...
Romper com os opostos BEM x MAL representa aceitar que, intrinsecamente, todas as coisas em potencial podem conter ambas as doses e que, todas as pessoas são capazes de agir por sentimentos nobres ou pobres, ou até optar pela simples inércia. O personagem se pensado sob o prisma da vida real e mortal terá que ter medo, fome, sede, insegurança frente ao desconhecido, assim como nós. Suas vitórias serão ocasionais e efêmeras, como as nossas... E, contudo, não é REAL. Não há o que se revoltar contra o que não pode ser REAL. Há o que PENSAR...
A Faca Sutil é uma obra perturbadora. Nos remete a uma profunda introspecção: à uma releitura minuciosa da Vida, de nossos atos, das atitudes dos outros, do que todos e cada um de nós queremos acreditar ou compreender do que é viver. Uma ficção de onde as perguntas afloram das entrelinhas da fantasia - só por isso - é tão maldita -, porque cria dúvidas, mexe com muitas simbologias e certezas, com a própria construção da essência cultural das sociedades ocidentais. Escancara as doutrinações. Nela, parte do enigma se revela e aponta para o pior: mundo(s) de natureza movediça - mundos externos e mundos internos -, posto que "Tudo que é sólido desmancha no ar"(4)...

Insanos(?) geniais e a estranha rebeldia vinda do coração:

...A mãe de Will ( Oxford do nosso tempo );

Friedrich Nietzsche (1844-1900);
Lima Barreto (1881-1922);
Ernesto Nazareth ( 1863-1930);
Arthur Bispo do Rosário ( 1909 - 1989);
Van gogh( 1856-1890);
Arthur Timotheo da Costa ( 1882-1922);
João Timotheo da Costa (1879-1932);

joão ninguém – humilhado ou queimado num beco qualquer, de uma cidade qualquer, de um ano qualquer... A voz do “fracasso” no atual sistema do Capital...

Notas:

1- De acordo com Hannah Arendt é a condição de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. Os homens são condicionados e condicionam (condicionamento interno e externo...).  Em Loreley e a condição humana é a luta que se dá no íntimo do ser humano entre a razão ( manter a embarcação longe dos rochedos) e o instinto, ( ceder ao canto da mais bela sereia), sendo um sacrifício interno constante e violento vencer a sedução do segundo.
2 - Fase dos questionamentos, das aspirações, das transformações, da tomada de consciência que toma conta do corpo e da mente - da metamorfose.
3 – Epicuristas e Estóicos – materialistas. Os primeiros atomistas crêem na importância do prazer ( não desmesurado ) como forma de experienciar o mundo( critério para o Saber); os segundos defendem um plano determinado, teleológico e, de certa forma, teológico ( contenção do prazer – contemplação da alma – introspecção e destino).
Ainda a respeito disso, leiam: “Schopenhauer, por uma Filosofia do Corpo ”, onde para o filósofo a vontade é fundamental para que se dê o sentido das coisas e do mundo, o que só é possível, segundo o filósofo, com a união entre corpo e sentimento. Seguem As bibliografias.
4 – Pois é, dos barracos aos contratos... A certeza é nossa grande QUIMERA.
Bibliografia básica:


Arendt, Hannah. A condição Humana. Editora forense Universitária, 1958.


Filosofia. Conhecimento Prático. “Schopenhauer, por uma Filosofia do Corpo ”. Escala Educacional, SP/SP, n° 17, s/d.


Ghiraldelli Jr. Paulo. História Essencial da Filosofia. Volume 2, Universo dos Livros. SP/SP, 2009.
MARX. K. & ENGELS. F. Manifesto do Partido Comunista, 1848.


Mellão Neto, João. Loreley e a condição humana: a democracia no Brasil e no mundo. Siciliano, SP - SP - 1995.


Orwell, George. A Revolução dos bichos. Editora Globo, SP - SP -1962.


Pullman, Philip. A Bússola de Ouro. Objetiva, Rio de Janeiro-RJ -1995.
________________. A Faca Sutil. Objetiva, Rio de Janeiro - RJ - 1997.


Caixa-de-Música


Vida...
Processa-se assim,
Feito a melodia numa caixa-de-música.
No início JOVEM - faz bailar a bailarina a FORÇA da corda...
Então, passada a euforia de tanta MOCIDADE,
Vem a placidez acompanhando o decorrer da idade...
A bailarina bailando sem alento
Convida-nos a desfazer sorrisos e fugir em pensamento:
Hipnotizada, hipnotiza... perde o ritmo.
Reflete no espelho gasto o seu, o meu,
TODO trincado e intrincado espírito!
Não há palavras;
Não há caminhos;
Não há sentidos;
Não há mais melodia - só ruídos...
Depois, o silêncio é o desprezo às argumentações.
É quando se descobre que o saber é vivência,
E aprende a ser apenas atento à experiência...
No término harmônico do conjunto - movimento 
e som -,
Fecha-se a caixa.
Tranca-se a história e suas respostas absolutas:
Que definhem por lá - Junto às vaidades e às disputas!
De tudo, resta-nos o vazio...
E a sanidade que é um fino frágil fio
Solta, à fúria dos brutos...
(Fênix)
Por um fio...

 
Sinto que o Amor
Como sopro da Vida -,
Morre sem cor,
Deixa a'lma vazia...
Penso em janeiros,
Nas promessas que tenho feito...
E Iludo a mim mesma
Que, até outro dezembro,
O que não foi será...

Mas, o meu corpo Já tomba cansado...
E se morre em flor, tão logo é riscado:
Do gesto do amigo.
Da agenda do companheiro escolhido.
Das memórias e do sangue!
É boca insaciável que expande
E engole o que resta de digno...
Inventa outro signo:
Com a palavra trava os caminhos!

Por um fio... a meio fio...
Todo o oportunismo se revela
Em cenas longínquas que bailam em tela.
E eu que fui tão cega...
Sem a palavra,
De pé nesta guia:
Bicho selvagem
Numa viagem em que a volta,
Envolta em mágoas,
Vai se traçando tardia...
(Fênix)

Saraph

 Desenho: Fênix Cruz - 2010 - "Saraph"

"Eu rondei...rondei...rondei...
De todas as formas e por todos os meios busquei levar à reflexão: o entendimento entre as partes. Mas, quanto mais eu me humanizava a fim de tocá-los, mais vícios eu assimilava... e a cegueira é tão insuportável que, por várias vezes, surpreendi-me errando e, chorei. Chorei sempre que me desconheci  diante do espelho - migrando entre uma identidade e outra -, como se traindo as duas! Ninguém, sequer imagina, o quanto é difícil a missão dos Anjos..."



Próximas publicações:

1ª) "Os Espectros na trilogia de Philip Pullman, outras lembranças  e a Condição humana...";

2ª) "Ubuntu:  este Pingüim não vai para a geladeira! 
( Parte I ).


Como ficamos sem internet por aproximadamente duas semanas, pedimos desculpas aos leitores. Sanado o problema, estamos publicando os atrasados a partir de hoje, um a cada dois dias. Até a próxima publicação!
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