Avenida Paulista, 1911 - proximidades da Av. Brigadeiro Luiz Antonio.
Estes tópicos
fazem parte do Trabalho de Graduação Individual I entregue na USP,
sob os cuidados do meu caro orientador Scarlato.
Seu conteúdo é uma sistematização de vários estudos realizados
também em outras áreas de atuação além da Geografia. Não será
possível disponibilizar a bibliografia, pelo
menos até depois da defesa oral. Entretanto, o trabalho entregue está
devidamente formalizado, constando das notas e dos devidos créditos.
Deste modo, assim que findar esta fase, a bibliografia estará acessível e o próprio TGI II completo, encadernado e na Biblioteca.
Resumo dos tópicos
principais.
Critérios de
delimitação:
* A região
sudeste como uma construção administrativa e didática, formalmente
inserida no cotidiano popular por meio da escola e da mídia,
incutiria a noção de pertencimento e de identidade
sob a FORMA de uma falsa "unidade";
* para analisarmos
as configurações espaciais devemos nos questionar primeiro: quem
recorta o espaço e por qual finalidade o faz?;
* a
configuração vigente idealizada em 1969/70 foi criada sob um dado
contexto social, econômico, cultural e político muito específico
(Ditadura Militar);
* Os motivos que
levaram à dada unidade foram pouco questionados além das bancas
acadêmicas, revistas e publicações especializadas: as
mentalidades foram sendo simbolicamente trabalhadas ocultando um
espaço geo-historicamente produzido e estruturado sob a lógica
exploratória do capital;
* a formação
territorial brasileira tem raízes no passado colonial:
- Capitanias
hereditárias ( 1534; com elas as Sesmarias e os latifúndios);
- Governo Geral (
1560);
- Governos do
Norte e do Sul ( 1572);
* entretanto, as
tentativas de controle administrativo fracassaram e o que manteve a
"unidade" territorial colonial foi a instituição
monárquica ultramarina - pautada em interesses, trocas e lealdades à
Coroa (signos, símbolos e representações), inclusive, com a
Independência de 1822 - mesmo que não sem contestações e
ou/ resistências;
* a Capitania de
São Paulo ( 1681) incluía terras dos atuais estados de Minas Gerais
( exceto o Vale do Rio São Francisco), Paraná, Santa Catarina, Rio
Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e o próprio paulista; perdeu em
1720, Minas Gerais (Guerra dos Emboabas); o de Goiás, em 1749; o de
Paranaguá, em 1858. O que lhe restou chegou a ser anexado à
Capitania do Rio de Janeiro ficando subordinado a ela. Em 1824,
tornou-se Província ( já sob a égide do Império, outro novo
“signo”);
* André
Rebouças, em 1889, propôs uma regionalização baseada em zonas
agrícolas. SP, ES e RJ vivenciavam a expansão do café. MG ainda
permanecia "culturalmente" como zona auroferrífera, embora em plena decadência e engajada à nova produção cafeeira;
*em
50/60 a prática regionalizadora populariza a noção de região e
incorpora-a à cultura, dando força ao Regionalismo;
*
contudo, a essência e a prática deste regionalismo sempre esteve
incorporada entre as elites locais, muito antes de sua apropriação
e institucionalização pelo Estado regulador;
*
segundo alguns autores, para o controle e na campanha estatal
forja-se uma futura “identidade” esvaziada de seus aspectos
tradicionais coloniais;
* o Estado centralizador, dentro deste aspecto, buscou quebrar
antigos laços criando novos – menos nocivos à intervenção
federal, minando resistências;
* o modelo atual, de 1970/88, está pautado em características
sócio-econômicas ( dados estatísticos – quantitativos); no caso
da macrorregião sudeste, o café se sobrepôs a toda
heterogeneidade, forjando a “unidade”;
*a
regionalização como instrumento de controle local apropriado pelo
Estado: o nivelamento de tantas diferenças na criação da “unidade”
não poderia ter sido imposto sem as resistências – fossem elas
declaradas ou veladas;
*alegam
muitos autores que o que comanda a (des)construção do território
elegendo uma nova regionalização é a divisão territorial do
trabalho, assim, os conceitos de região e de regionalismo não podem
ser fechados.
*
acerca da opção pelo uso das ciências econômicas e a ênfase
quantitativa de dados – camufla os movimentos de contestação,
seleciona certos critérios, prioriza dados e descarta
outros gerando resultados “dirigidos”, ditos “científicos”, mas "maquiados";
Continua...
( Fatores da Formação Regional.)
Imagens do altamente recomendável:
Lembranças de São Paulo I - de Gerodetti & Cornejo: vale cada centavo gasto... magnífica obra.
http://www.mixpod.com/playlist/89849121
Um comentário:
Olá,
Estou a ler o seu blogue. Tenho um, e, estou lhe convidando a visitar-me, e se possivel seguirmos juntos por eles. Te desejo um bom fim de semana. Abraços
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