Nos rabiscos que compõem a paisagem?
O que há em mim de real?
Serei, mesmo, mera miragem?
Corpo de luz -
Porto das sombras?
Lua Negra
A bailar sobre as ondas?
Poema dum só verso?
Dilema que imprime
Temor inconfesso?
O que há de mim na barra
Onde renasce o dia?
Nos rubros raios que se espraiam
Ao cair da noite?
O que me fere pior do que o açoite?
São as Metamorfoses do Mal...
Apagam as letras;
Diluem as tintas;
Tornam pobre toda rima.
E meus esforços para exorcizar a tristeza
Se esvaem, na certeza
Do inconstante:
Vertigem paralisante.
4 comentários:
belo trabalho de palavras
"Certeza do inconstante", nem todos a possuem.
Beijos.
que bonito!
ler as tuas palavras ao som desta musica.
Obrigada! Vocês são como um bálsamo para a minha alma...trazem esperança de termos um mundo melhor - onde as pessoas são por suas atitudes, a própria Arte.
Vocês são a Arte: eu sou apenas o espelho. Beijos!
Ah... Luis... que saudade! Espero que a Unha tenha pegado uma boa onda nessas férias! Bom retorno!
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