O professor Milton Santos sempre provocou muitas polêmicas. E como todo gênio despertou simpatias e antipatias de bastidores, sem meio-termo. Isto porque falava com todas as letras o que pensava, defendendo com argumentos bem fundamentados, desconsertando com sua língua e humor apimentados, apurados por uma vasta experiência de vida. Nada fácil, por sinal, a começar pelo exílio.
Da obra muitos sabem - ou dizem que sabe -, mas, aqui, nossa homenagem é para o homem mortal que, humilde, mesmo depois de títulos e prêmios, pensou na humanidade sem rotulações, partidarizações, classificações... Divisões, enfim. E presenteou a Geografia com sua obra e presença deixando com a sua partida muitas saudades e um imenso vazio. Como este é o blog da vivência e não da Ciência, devo dizer que me resta na lembrança (1994) a imagem da pessoa que caminhava pela GEO/USP com os olhos brilhando de fé. Fé nos jovens. Fé no futuro. Fé que, com a contribuição de todos, tudo poderia mudar. E hoje, temos suas obras, mas estamos carentes de sua fé... E é isso que o torna insubstituível...
Influências: além da Geografia, o professor influenciou/inspirou inúmeras outras áreas do conhecimento, sendo importante destacar o teatro: "Arte contra a barbárie"
( Grupos: Tapa; Folias d'Arte e Companhia do Latão, 1999 ). Foi, segundo o Jornal da APEOESP, referência para o espetáculo "Vozes Dissonantes", da atriz e diretora Denise Stoklos.
Fonte:Jornal da APEOESP (agosto/setembro/2001).
Veja: http://www.artes.com/reflexoes/ref39.htm;
http://www.artes.com/reflexoes/ref9.htm.

foto: Google Imagens/desenho:Fênix
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