Imortal, F.C. rascunho 2016.
Eu sou por mim mesma
E somente por mim eu vou.
Esgotada pelo subemprego
Pelo submundo
Pela sobrevida que oferece mundos e fundos,
Sem fôlego para pagar a dívida
Que não é minha.
Com um pé na linha
E o outro no precipício
- Só artifícios.
E tudo a desabar:
O trem desliza no ar
Vagões daqui, vagões de lá
Dança macabra
Que nunca se acaba
Como a cal e a pá.
Há muito parei de falar
E logo, deixei de ser ouvida.
Se as palavras morrem
Com elas se vai a energia criativa...
Se não sei nomear bem o mundo
O mundo me nomeia mal.
Se da fronteira eu descuido
Não posso me sentir igual.
2 comentários:
bons textos
um abraço
Olá, Antônio. Obrigada. Os seus quadros também são lindos. Encantei.
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