Sob o entardecer
vermelho
Experimento a dor
daquilo que em mim se rompeu.
Numa arena de cem
espelhos,
Vejo o meu único
oponente: ele sou eu.
A raiz que me aniquila os
passos -
Quantas vezes me
protegeu?
As perguntas que hoje
faço,
Não vieram das
respostas que alguém me deu?
O futuro não existe
sem o presente.
E eu que andei de mim
tão ausente
Esqueci que o passado
me esqueceu.
Quero mergulhar no
vazio.
Fluir sem o peso do pecado sombrio.
Deixar o curso seguir: nada é meu.
2 comentários:
Há tantas coisas que se rompem em nós sob a luz de um entardecer...
Realmente nada é nosso. Tudo é parte uníssona deste UNIVERSO que segue uma ORDEM DIVINA!!!
Grande abraço, amiga linda!!!
Pois é, Malu - as transformações internas...as pessoas estão muito ocupadas com suas cascas, vivendo vidas que não são verdadeiramente delas - cem não passa de um...um que vale por cem dos piores inimigos. Se não me vejo - apenas enxergo - não vejo ninguém. É difícil ter a coragem de fazer essa passagem...reconhecer que tudo que se viveu e aprendeu deve ser desaprendido para caber o novo - é um outro renascer. Renascer muitas vezes na mesma vida com olhares diferentes sobre as coisas do mundo e sobre si mesmo. Doloroso - como tudo que se desconhece o fim.
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