"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

O Mundo no Engenho... e o ENGENHO do Mundo

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Samsara


Metamorfoses, 2012 - foto / edição Gimp.

Sob o entardecer vermelho
Experimento a dor daquilo que em mim se rompeu.
Numa arena de cem espelhos,
Vejo o meu único oponente: ele sou eu.

A raiz que me aniquila os passos -
Quantas vezes me protegeu?
As perguntas que hoje faço,
Não vieram das respostas que alguém me deu?

O futuro não existe sem o presente.
E eu que andei de mim tão ausente
Esqueci que o passado me esqueceu.

Quero mergulhar no vazio.
Fluir sem o peso do pecado sombrio.
Deixar o curso seguir: nada é meu.

2 comentários:

Penélope disse...

Há tantas coisas que se rompem em nós sob a luz de um entardecer...

Realmente nada é nosso. Tudo é parte uníssona deste UNIVERSO que segue uma ORDEM DIVINA!!!

Grande abraço, amiga linda!!!

Engenholiterarte disse...

Pois é, Malu - as transformações internas...as pessoas estão muito ocupadas com suas cascas, vivendo vidas que não são verdadeiramente delas - cem não passa de um...um que vale por cem dos piores inimigos. Se não me vejo - apenas enxergo - não vejo ninguém. É difícil ter a coragem de fazer essa passagem...reconhecer que tudo que se viveu e aprendeu deve ser desaprendido para caber o novo - é um outro renascer. Renascer muitas vezes na mesma vida com olhares diferentes sobre as coisas do mundo e sobre si mesmo. Doloroso - como tudo que se desconhece o fim.

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