"(...) -Como eu gosto de você?

Eu gosto de você do jeito que você se gosta".

O Mundo no Engenho... e o ENGENHO do Mundo

terça-feira, 7 de abril de 2009

MOSAICO

 













Minha cidade de braços abertos... 

Cristo despedaçado pelas periferias!  

Ritmos do improviso, 

Vitrines sem Galerias: 

Equilibradas nos morros 

Onde meninos forros 

Esperam cidadania. 

Flores do Bem... 
 
Quantas cores a Arte miúda que vem 

De infindáveis corredores! 

É São Paulo nos bastidores.



Minha cidade de braços abertos... 

Faces de um TODO um pouco INCERTO! 

Esperança e vilania: 

A São Paulo que não tem sentido?

Fonte dum amor não definido. 

Seja o que for, 

Sem Corcovado: 

Cristo caído e corações armados.

Flores do Bem... 

Quantos anos vocês têm? 



(FC,2004; foto: Fênix, 1995 - Zona Sul - montagem)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

O Conto e o(s) ponto(s) nas histórias vividas... Meio Ambiente: discursos e / ou práticas?

(Da Vida Real à IDEAL - Opinião - Abril /2009) É sempre valoroso iniciarmos com as palavras do líder político e pacifista indiano, Mahatma Gandhi. Em muito elas podem contribuir com sua atemporalidade para esclarecer metade das discussões atuais sobre pobreza e desigualdades, e de forma muito simples. Aliás, como era de seu feitio. Em sua difícil batalha pela(s) liberdade(s) sustentava que “(...) se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de fome”.[1] A(s) fome(s) e, mais indiretamente, a pobreza, foi também tratada magistralmente por outro grande pensador, o médico/Geógrafo Josué de Castro[2]. Este rejeitava a alegação das sociedades ricas em atribuir a desigualdade entre os homens como sendo “inevitáveis” e, portanto, “irremediáveis”. Rebelava-se contra a “naturalização” desse fenômeno produzido no cerne das sociedades, nas tramas histórico - geográficas que espelham as relações humanas, no caso específico, de classe. É fato que a pobreza e as desigualdades sempre estiveram presentes e tiveram as suas devidas ”justificativas” ao longo da saga das civilizações... Falar do passado remoto, entretanto, está longe de nossa pretensão aqui... Assim, direto à nossa “civilização” Global... Enquanto este debate foi movido por ideologias políticas, econômicas e sociais de vários tons, como as perversas lutas externas e internas entre o capitalismo e o extinto (?) socialismo soviético, além da violência política, nenhuma foi a solução encontrada para libertar a maior parte da humanidade dos flagelos que hoje, novamente, estão em pauta, agora, sob a roupagem ambientalista. E sob esse novo aspecto surgem outros conceitos mais ou menos complexos dentre os quais, o da sustentabilidade. As crises geradas pela degradação empreendida pela ação antrópica predatória sobre os ecossistemas puseram em xeque a sobrevivência das espécies, alertam os pesquisadores. E quando lembramos o significado de desenvolvimento sustentável: “Aquele que atende as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”[3] – é inevitável que nos venha à mente uma velha pergunta, e que parece não querer calar... Se hoje, estatísticas apontam que 20% dos cidadãos globais consumem ¾ dos recursos, deixando os outros 80% se digladiando pelos ¼ restantes [4] ... Que futuro comum? Que gerações FUTURAS? É até recorrente concluir de tudo o que foi exposto, que a lógica do capital se aprimora e restabelece – ainda mais resistente e mesquinho -, das crises, agora, em sua fase financeiro / tecnológica. Haveria, verdadeiramente, indícios de mudanças em prol da humanidade como um todo? Seria tudo somente retórica anunciada? Na práxis, principalmente no Brasil, a “Lei de Gerson” se beneficia do discurso e traz as vantagens esperadas para os falsos arautos do “ambientalismo" correto. Subterfúgios de linguagens novos para velhos problemas de exploração e apropriação de um patrimônio contado, como num Conto de Fadas -, como se de todos, mas usufruído apenas por uma minoria da humanidade. Enfim, quem tem a fórmula de como vencer a pobreza e a desigualdade sem mudar profundamente a mentalidade que forma a Lógica Capitalista, num tempo cada vez mais escasso? Quem será o primeiro a aceita-la e abrir mão do lucro e do Poder mais fáceis que esta, egoísticamente, até hoje, pôde proporcionar? E é pelo sucesso Ambientalista (DS) e contra a retórica do ambientalismo que... ... São mais perguntas do que respostas que findam (ou provocam...) essa reflexão. [1] [2] CASTRO. Josué de. Geopolítica da Fome. Brasiliense: SP, 1968, 1° e 2° volumes; CASTRO. Josué de. Geografia da Fome.Circulo do Livro: SP, 1992. [3] COMISSÃO MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO NOSSO FUTURO COMUM, RJ, 1991. [4] CIDIN. Renata da Costa P. Janes. SILVA. Ricardo Siloto. "A Pegada Ecológica em relação ao homem, à natureza e à cidade. (e-mail:catitos@terra.com.br) Desenho Fênix: Pôr do Sol

CARA: PULSA...


"Eu tenho medo da solidão vampira: inesgotável,

Pois, sempre acompanhada... 

Da solidão invólucro: fútil, 

Ligada à certa beleza e às suas formas vazias.

Da solidão posse: opressiva, 

Que não vive e nem deixa viver -, 

Que vasculha e-mails, espiona mensagens, 

Que inventa defeitos e faz sabotagens...

Eu tenho medo dessa solidão barganha: calculista! 

Mas pior... eu tenho horror de quem lhes cede: 

E se deixa roubar... 

Roubar os SENTIDOS DO VERBO VIVER.

E longe deles, o VERBO PLENO É VEGETAR..."



(Fênix Cruz)

VIAJANTE

 
( Para um colega bom, metido a mau e, profundamente solitário )  

Dedilho as horas 

Com o coração galopante, 

Peito de infante, 

Glorioso por desafiar o Mar... 

Singro, assim, em pensamentos, 

Rumo além de outras terras 

Nem tão pronto a enfrentar feras 

Resta-me a ilusão, tocar... 

São tantos os portos que atraco 

Temeroso de prender-me ao visgo 

Espalho flores de Narciso 

Quando o que mais preciso 

E num canto seguro, aconchegar... 

Idas pelo mundo afora 

Pescador de sonhos 

Nos mares de dentro 

Poeta marginal: 

Submerso no verso 

Reverso do ser que represento... 

Mas água pra Narciso é espelho 

Não sacia a sede 

Não comporta rede 

Só engana a gente 

Passa... 

E dedilho as horas para passar este instante, 

Em que a solidão me arrasta! 


(FC)2008.
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